Santuário de Araraquara revive o tríduo pascal

Após a homilia, dá-se início ao ato de lavar os pés, recordando o exemplo de Jesus, que veio ao mundo a servir e não para ser servido. Assim, enquanto a equipe de música entoa o canto do lava-pés, o sacerdote, com a toalha à cintura, lava os pés dos ‘apóstolos’ junto à mesa. Após lavar os pés, vai ao centro da mesa e toma nas mãos o pão e parte ao meio, recordando o gesto de Jesus; a seguir presenteia a cada um com uma pequena broa. Logo em seguida alguns ministros, em duplas, também tomam bacia e toalha e lavam os pés de algumas pessoas da assembleia, enquanto outros ministros distribuem pãezinhos para toda a comunidade ali presente.

Depois desse momento a celebração corre normalmente e no final vem o translado. Os ministros desnudam o altar e o Santíssimo é levado solenemente até o Santuário, onde os apóstolos, com as tochas nas mãos, fazem ala para Jesus e todos podem acompanhá-lo. Ali o altar é ornamentado com cuidado para receber Jesus, que permanece presente para adoração até a sexta-feira, às 14 horas. A Família de Schoenstatt assume a adoração e de hora em hora é um ramo do Movimento Apostólico de Schoenstatt que está com Jesus. A primeira hora de adoração é dos Ministros Extraordinários da Eucaristia, que renovam o seu ministério.

Na Sexta-Feira da Paixão, logo às 9 horas, todos acompanham Jesus em sua via dolorosa, rezando a Via Sacra nas ruas próximas ao Santuário. Às 15 horas a Família de Schoenstatt de Araraquara se une com toda a Igreja para a solenidade da Paixão do Senhor. As crianças da catequese participam juntas nessa celebração e é um momento forte para todos quando podem dobrar os joelhos diante da cruz para veneração e adoração a Cristo. A adoração da cruz conduz os fiéis a recordarem o ato de amor maior na doação de Jesus na Cruz ante os pecados da humanidade. Faz com que cada um reflita sobre o sofrimento de Cristo e como seus sofrimentos diários podem ser superados na Cruz de Cristo.

O Sábado Santo imprime nas almas as palavras do Papa Francisco: “Jesus Ressuscitou! Verdadeiramente ressuscitou!”

A celebração inicia com o fogo novo em frente ao Santuário e ali se faz todo o ritual para acender o Círio – a grande vela que é símbolo da Páscoa – na fogueira. Seguindo o caminho do Santuário, na entrada do salão a luz é passada de vela em vela, a luz de Cristo que reina, ilumina todos os corações e irradia o verdadeiro sentido da Páscoa. E o altar, que antes fora desnudado na quinta-feira, passa a tomar forma e beleza. As solenidades aquecem o espírito e fazem com que os olhares se dirijam ao verdadeiro sentido de ser cristão: a promessa da ressurreição feita por Cristo na Cruz.

Ao final da celebração, os desejos de feliz e santa Páscoa a todos os presentes e os agradecimentos, todos vão ao Santuário e entoam o canto Regina Coeli, homenageando a querida Mãe, neste Ano Mariano.