“Aprender a comunicar e a envolver as pessoas no projeto do Santuário”
Ir. M. Nilza P. Silva / Karen Bueno – Na casa da Mãe e Rainha do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, há muito para descobrir sobre acolhida, administração, prestação de serviços, etc. O maior Santuário do mundo tem também, por sua amplitude, uma gigantesca estrutura para acolher e evangelizar os peregrinos. É por isso que a Ir. Josefa Maria Fuentes, do Chile, está no Brasil.
Concluindo os estudos de Administração na ‘Universidad de los Andes’, em Santiago, Ir. Josefa Maria realiza seu estágio prático no departamento de marketing do Santuário Nacional de Aparecida, junto à Campanha dos Devotos. Ela permanece no Brasil de 24 de janeiro a 11 de abril e deseja levar as muitas experiências que viveu na casa da Mãe e Padroeira e na Comunidade Canção Nova para o Santuário de Schoenstatt de Bellavista – o Santuário Cenáculo, do 31 de Maio.
Com uma série de vivências e descobertas, ela compartilha um pouco de sua experiência nesses dois meses:
O que mais te chamou a atenção na experiência em Aparecida?
Essa união de leigos comprometidos, cuja profissão é ajudar a construir a casa de Nossa Senhora e ajudar a difundir a fé entre o povo brasileiro. O que mais se repetia era a ideia de um profissionalismo unido com a pastoral, pela evangelização. Isso é muito valioso. É uma organização bem pensada a serviço da evangelização. Há um trabalho de captação de recursos, que tem como finalidade melhorar todos os serviços em torno do Santuário Nacional, em uma realidade de serviço de primeira categoria. E isso com um acompanhamento mais próximo das pessoas, estando à disposição dos peregrinos, para que possam enviar suas intenções, que possam colocar o nome no memorial dos devotos, etc. É um trabalho realizado com muito respeito aos devotos, às suas intenções, na forma de falar com eles… É algo muito lindo.
Que contribuição levar dessa experiência para o Santuário de Bellavista?
Aprender a comunicar e a envolver as pessoas no projeto do Santuário, fazê-las parte. Que aqueles que peregrinam ao Santuário, que participam da Obra, sejam também pilares construtores não só do carisma e da transmissão de nossa espiritualidade, mas também que constroem a casa da Mãe, que a mantém viva e colaboram para que mais pessoas possam conhecê-la.
Nos centros de Schoenstatt que visitou no Brasil (Atibaia/SP, Vila Mariana e Jaraguá – São Paulo/SP, Caieiras/SP, Rio de Janeiro/RJ, alguns Santuário do Sul), que impressão leva da Família de Schoenstatt que conheceu?
Cada Centro de Schoenstatt tem suas riquezas e suas diferenças, não é possível compará-los entre si. O bonito é ver como estão todos realmente a serviço das peregrinações e são lugares onde permanentemente estão chegando pessoas de vários lugares.
Neles há uma tentativa de acolhida permanente, com serviços de alimentação, higiene, distintos suportes básicos, em pequena ou grande escala, para acolher o peregrino. Era muito bonito ver esse trabalho no Rio de Janeiro. No dia 18, vi o grupo de funcionários renovando a Aliança de Amor bem cedo, antes de chegarem os peregrinos, como um envio para, durante todo o dia, acolher as pessoas com espírito apostólico. Isso é precioso. Também vi um ambiente familiar lindo, repleto de alegria. Muitos chegavam cheios de esperança na Mãe, com muita fé para renovar a Aliança.
Como foi seu contato com Schoenstatt em Aparecida?
Encontrei lá muitos peregrinos que são do Movimento. Foi lindo ver os homens com a imagem da Mãe e Rainha na camiseta, levando a Mãe Peregrina, no Encontro do Terço dos Homens. Muitas pessoas que eu encontrava me diziam que eram da Juventude Feminina, da Liga Apostólica, Senhoras de Schoenstatt… pessoas distintas que tinham alegria de encontrar uma Irmã de Maria no Santuário Nacional.
Há duas situações interessantes… Um dia fui visitar o Carmelo de Aparecida. Queria conhecer a capela, a casa, o interior. Conversei com a superiora, com outras irmãs, que me perguntavam sobre o Carmelo no Chile. No meio das conversas, uma delas contou que foi missionária da Mãe Peregrina na juventude, então estava muito contente de me encontrar. E falamos um pouco sobre a Aliança de Amor e eu lhe contava que há algumas carmelitas que selaram a Aliança. Também dizia como é lindo que essa Aliança pode ajudar cada carisma a viver com plenitude sua vocação. Conversamos um pouco mais e eu disse que ia lhe presentear uma pequena imagem da Mãe Peregrina que tinha comigo. Elas agradeceram muito e agora essa imagem está peregrinando entre elas pelo Carmelo.
Também conheci um seminarista redentorista que me contou sua história. Antes de ele nascer, a mãe teve um problema na gravidez, então o consagrou à Mãe Peregrina que visitava sua casa. Quando ele cresceu, sempre rezava à Mãe e Rainha, diante de uma imagem que tinha em sua paróquia. Desde pequeno dizia que queria ser sacerdote e hoje está no seminário. Ele diz que nas próximas férias quer visitar o Santuário e se preparar para selar a Aliança de Amor. A ele também dei uma imagem da Mãe Peregrina, para que ela cuide de sua vocação.