Essa imagem fica próxima ao Santuário Original de Schoenstatt; nela a MTA abriga todos em seu manto
“A carência de lar é o núcleo da crise da cultura atual (…)
A essência do inferno consiste na total carência de lar: em estar um espiritualmente contra o outro (…)
Qual é a grande tarefa, o grande problema pedagógico? O núcleo da educação atual, na escola e fora dela, deveria consistir simplesmente em dar abrigo, no cultivo de lar”
(A vivência do Lar, Pe. José Kentenich, tradução livre, extraído de “Coleção Carisma – A Família”)
Edson e Rosângela Pieralisi – O Documento da CNBB nº 109 traz “As Novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil para o próximo quadriênio (2019 a 2023)”. Estas diretrizes indicam a necessidade que “no hoje da história” a Comunidade Eclesial seja uma CASA/LAR que acolha, um lugar de ternura e misericórdia.
Todo schoenstattiano, ao ler estas primeiras linhas, já está pensando e dizendo com muita alegria: o Santuário é nossa CASA/LAR! Vivemos, pensamos e amamos o Santuário nos mistérios gozosos, luminosos, dolorosos e gloriosos de nossa vida. Ali sentimos uma atmosfera de céu, ali é bom estar, ali fazemos tendas. Ali encontramos o Amor de Deus, nossa Mãe e Rainha, nosso Pai e Fundador, nossa Família de Schoenstatt!
Como descrever esse espírito de CASA/LAR? O Pe. José Kentenich já fez isto para nós com “letras de sangue e fogo”: basta rezar a oração do “Hino da Minha Terra” (Rumo ao Céu, 600-605), pois nessas estrofes está a descrição perfeita de CASA.
E como Schoenstatt pode dar e ser uma resposta a essas novas diretrizes? Vivendo este espírito de CASA/LAR em nosso Movimento! Para isso, elencamos algumas sugestões:
– Valorizando o “Dia 18” de cada mês! Que em cada Santuário, Centro de Schoenstatt, paróquia ou Diocese, toda nossa Família possa se reunir sob o manto de nossa MTA para renovar a Aliança de Amor. Nessa ocasião podemos nos encontrar “um no outro, com o outro, para o outro, no Coração de Deus” (Conferência do 31 de Maio de 1949);
– Participando, unidos e na força da Aliança, de “Encontros” da Família de Schoenstatt e de “Trabalhos Apostólicos” comuns (Encontro de Abertura, Festa Junina, Vivência de Marcos Históricos, Grupos de Estudos sobre o Pe. Kentenich, Missões, Projetos Sociais, Pastoral do Santuário, Jubileus dos Santuários e outros) e/ou colaborando com outros Ramos em suas necessidades e desafios.
– Rezando e oferecendo contribuições ao Capital de Graças para que a Mãe de Deus se estabeleça no Santuário-Coração de cada filho de Schoenstatt.
Em uma palestra sobre “Lar”, nosso Pai e Fundador citou uma frase de Friedrich Nietzsche: “Os corvos grasnam e se precipitam em voo para a cidade. Logo nevará. Ai daquele que não tem lar” [i]. Sabemos que os animais pressentem uma tempestade, uma catástrofe. Por isso os corvos regressam dos campos para a cidade em busca de proteção e refúgio na habitação dos homens.
Pois bem, o Pe. José Kentenich descobriu o que é “lar” aos olhos de Deus e o encontrou no Coração de Maria, junto ao Santuário… Por isso, não só dedicou todas suas forças para que este “lar” se fizesse realidade no mundo inteiro, como foi ele próprio um “lar” para muitos.
Como viver o espírito de CASA/LAR em nosso Movimento? Façamos como nosso Pai e Fundador: sejamos, nós mesmos, um “lar” para todos aqueles que precisam de nós!
Veja também:
⇒ Pilar da Caridade – Serviço à vida plena
⇒ Pilar da Missão – Um estado permanente
⇒ Pilar da Palavra – Catequese para a vida
Foto: Família Pieralisi
[i] Extraído de “A vivência do Lar”, Pe. José Kentenich, tradução livre, Coleção Carisma – A Família
