“É preciso atribuir o verdadeiro sentido ao trabalho e por meio dele despertar e desenvolver as potências criadoras e comunicativas do homem” (Pe. Kentenich) [1]
Gabriela Pepis Belinelli – Inevitavelmente, todos nós passaremos pela experiência do “primeiro emprego” um dia. Esta fase causa muita aflição e ansiedade, principalmente entre os jovens, que sonham em dar início à uma carreira de sucesso. Em meio ao turbilhão de sensações que este processo nos causa, vale lembrar aquilo que a Bíblia nos ensinou: “Tudo tem o seu tempo determinado e há tempo para todo o propósito debaixo do céu” (Ecl 3, 1).
Alguns têm a chance de ingressar no mercado de trabalho mais cedo, outros precisam esperar um pouco mais até chegar a “hora certa” e, muitas vezes, essa espera gera certa desmotivação. É aí que deve ser colocado em prática um dos maiores ensinamentos de Schoenstatt: a fé na Divina Providência.
Sabemos que nem sempre é fácil continuar procurando oportunidades e não obter retornos, mesmo assim, precisamos entender que Deus tem planos perfeitos para cada um de nós. A Divina Providência atua constantemente em todas as áreas de nossas vidas: no trabalho, nos estudos, nas relações com o outro, na família. Por mais que seja difícil de entender em alguns momentos, Deus está em um trabalho constante para tecer as linhas da nossa vida, como diz no Pai e Fundador, Pe. José Kentenich: “Podemos comparar a história de nossa vida com um tapete. De um lado vemos muitos fios emaranhados, do outro lado estão todos organizados” [2], nós, muitas vezes, só enxergamos os fios soltos, mas Deus vê a beleza do bordado deste tapete único.
Quando falamos em busca de emprego, precisamos unir três “forças”: uma busca contínua, as contribuições ao Capital de Graças e a confiança. Isso significa que, nesta fase, é preciso estar sempre ativo na busca de oportunidades e, ao mesmo tempo, contribuir com o Capital de Graças, confiando que a Mãe e seu Filho nos retribuirão com abundantes graças.
Também aqueles que já começaram a trabalhar precisam estar sempre em sintonia com os planos de Deus. Em todos os momentos, devemos prezar por um viver orgânico, balanceado entre o divino e o humano. Ou seja, todas as ações no nosso trabalho devem ser mediadas pelos desejos do Pai, só assim, seremos presença e reflexo Dele ao próximo.
Dica de leitura: No livro “Santidade de Todos os Dias” o Pe. José Kentenich dedica um capítulo inteiro para falar sobre a santidade vivida no mundo profissional, seja em qual área for. Vale a pena conferir.
Contribuição da Juventude Feminina de Schoenstatt do Regional Paraná
[1] Pe. José Kentenich e Ir. M. Annette Nailis, Santidade de Todos os Dias
[2] Pe. José Kentenich, 29/04/1947, Ribeirão Claro/PR